Terapia com insulina inalada – Afrezza

Terapia com insulina é usada para controlar a glicemia em portadores de diferentes tipos de diabetes. A via oral resulta em perda do medicamento no estômago e as vias transdérmica, bucal, nasal e pulmonar vem sendo estudadas como vias de administração com o objetivo de facilitar a rotina dos usuários de insulina. A via pulmonar é atrativa por causa da extensão e da capacidade de absorção de medicamentos através dos pulmões.

Em 2014, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou a insulina regular humana em pó inalada, Afrezza para tratar diabetes em adultos não fumantes e sem doença pulmonar. Após a aspiração pela boca, as partículas de insulina em contato com a superfície do pulmão, são dissolvidas e absorvidas pelo sangue. Além da administração mais prática, a concentração da insulina inalada no sangue atinge pico em aproximadamente 15 minutos, mais rápido que o atingido com a insulina subcutânea, o que facilita o controle das glicemias após as refeições.

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A duração da atividade da insulina inalada é de 6 a 8 horas comparável à da insulina regular subcutânea. Em portadores de diabetes tipo 2, é possível a depender do caso, o controle do diabetes com a insulina inalada, já em indivíduos portadores de diabetes tipo 1 existe necessidade da associação da insulina inalada com a insulina basal subcutânea.

A previsão de chegada ao Brasil é em outubro de 2019 e, além de aumentar os recursos disponíveis para o tratamento do diabetes, irá facilitar a administração de insulina e a aderência ao tratamento.


Dra. Maria de Fátima de Magalhães Gonzaga

Endocrinologista, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília. Especialista em Clínica Médica, com experiência na área de Medicina Interna. Atualmente, é responsável pelo ambulatório de diabetes mellitus e pelo ambulatório de endocrinologia geral do Hospital Universitário da Universidade de Brasília. Atua como preceptora de ensino e coordenadora da Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia na mesma instituição.


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Artigo publicado em 31 de julho de 2019. Para ler mais textos sobre saúde, acesse nossa página de artigos.