Modulação Hormonal não existe!

As glândulas endócrinas são responsáveis pela produção dos hormônios e, entre essas glândulas, está a hipófise, a tireoide, as paratireoides, as adrenais, o pâncreas, os ovários e os testículos. Os hormônios vão para a corrente sanguínea, atingem as células-alvo e exercem função metabólica. A reposição desses hormônios é indicada apenas para indivíduos cujas glândulas estejam com a produção hormonal comprometida. Modulação hormonal consiste na prescrição inadvertida de um ou mais hormônios para indivíduos com glândulas funcionando normalmente, e o uso desnecessário desses hormônios na forma de cremes, chips, implantes, medicamentos orais, injetáveis ou hormônios bioidênticos, além de provocar efeitos colaterais, inibe a produção hormonal normal e pode causar falência glandular.

Fonte: http://educacao.globo.com/biologia/assunto/fisiologia-humana/sistema-endocrino.html

Esteja atento! Os hormônios GH, T4, cortisol, vitamina D, estradiol, progesterona e testosterona só devem ser utilizados caso a sua glândula não seja capaz de produzi-los porque usar esses hormônios desnecessariamente impede a glândula de trabalhar e pode lhe causar dano permanente.

Lembre-se: – a reposição de qualquer hormônio deve ser feita baseada na deficiência do mesmo, com acompanhamento médico especializado, observando-se benefícios e riscos do uso. Não há respaldo na literatura médica para uso de preparações hormonais com intuito de retardar o envelhecimento ou modular a produção hormonal.

Não existe Especialista em Reposição Hormonal e não é reconhecida, pelo Conselho Federal de Medicina, especialidade intitulada “Modulação Hormonal”. A especialidade que trata de alterações hormonais é a Endocrinologia e Metabologia e o especialista em Endocrinologia e Metabologia possui o RQE inscrito no Conselho Regional de Medicina.

Visite o site e obtenha mais informações: 

https://www.endocrino.org.br/alerta-sbem-nao-existe-especialista-em-modulacao-hormonal/

Dra. Maria de Fátima de Magalhães Gonzaga

Endocrinologista, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília. Especialista em Clínica Médica, com experiência na área de Medicina Interna. Atualmente, é responsável pelo ambulatório de diabetes mellitus e pelo ambulatório de endocrinologia geral do Hospital Universitário da Universidade de Brasília. Atua como preceptora de ensino e coordenadora da Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia na mesma instituição.


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Artigo publicado em 7 de janeiro de 2019. Para ler mais textos sobre saúde, acesse nossa página de artigos.